Saltar para o conteúdo
    • Notícias
    • Desporto
    • Televisão
    • Rádio
    • RTP Play
    • RTP Palco
    • Zigzag Play
    • RTP Ensina
    • RTP Arquivos
Antena 3 | RTP
  • Programas
  • Podcasts
  • Vídeos
  • Artigos
  • Agenda
  • O que já tocou
  • Programação
  • Aceder ao Instagram da Antena 3
  • Aceder ao YouTube da Antena 3
  • Aceder ao WhatsApp da Antena 3

_

_

NO AR
PROGRAMAÇÃO O QUE JÁ TOCOU
Entrevistas 29 jul, 2019, 15:25

Mini Mansions

Entrevistas 29 jul, 2019, 15:25

Mini Mansions

“Nunca me tinha sentido tão vulnerável e livre a escrever”

Os Mini Mansions passaram por Portugal para um dos concertos de abertura para os Muse, no Passeio Marítimo de Algés, em Oeiras. Vieram apresentar o seu terceiro álbum, Guy Walks into a Bar…, que foi motivo para a conversa entre o Daniel Belo e o vocalista, guitarrista e principal compositor dos Mini Mansions, Michael Shuman.

O também baixista dos Queens of the Stone Age apresenta-nos um álbum muito pessoal, que tem rotação alargada no Disconexo.

 

Guy Walks into a Bar… Tipo entra num bar. O título do terceiro álbum dos norte-americanos Mini Mansions é uma boa maneira de contar uma história, não necessariamente uma anedota. Esta história vai do início ao fim da última relação de Michael Shuman — vocalista e guitarrista nesta banda, mas também baixista dos Queens of the Stone Age.

Eu não gosto de o classificar como um disco conceptual, porque não o é. Acho que é um registo cronológico que foi sendo feito à medida que as coisas iam acontecendo. É a coisa mais real que já fizemos. Guy Walks into a Bar… Ao princípio, não gostava do título. Achava-o pateta, mas as reticências que estão no fim da frase são aquilo que o disco é. É sobre uma relação que tive que acabou por tomar conta da minha vida, do meu cérebro e que estava a acontecer enquanto fazíamos o disco. Não conseguia escrever sobre mais nada porque só pensava nisso.

 

Todo um pedaço difícil da vida mostrado assim, num disco, para todos ouvirem. O íntimo feito público. Foi um alívio, uma catarse?

As primeiras canções que escrevi… foi como se nada mais pudesse sair de mim e foi muito bom. Foi libertador. Nunca me tinha sentido tão vulnerável e livre a escrever letras. Era literalmente deitar cá para fora tudo o que tinha cá dentro. Cuspir tudo para um papel e depois para o disco. As músicas do fim, quando as coisas começaram a azedar … Foram mais difíceis de gravar e de escrever. Nem todos as vão achar divertidas. As canções sobre o fim da relação foram difíceis até para o resto da banda que não passou pelo que eu passei. Mas em última análise sim, especialmente quando toco as canções é muito catártico deitar tudo cá para fora.

 

A vida dos outros membros dos Mini Mansions pode ser coisa complicada. Zack Dawes, o baixista, também toca nos Last Shadow Puppets. Tyler Parkford andou em digressão com os Arctic Monkeys depois de ter gravado os teclados de Tranquility Base Hotel & Casino. Na bateria, está Jon Theodore, camarada nos Queens of the Stone Age. Foi difícil acertar estas agendas para fazer um disco?

Foi. Essa tem sido um pouco a história dos Mini Mansions nestes dez anos. Estamos a fazer outras coisas e é difícil juntar toda a gente. “Vamos passar um ano a gravar o disco no meio da floresta?” Não, é impossível. Acho que foi também por causa disso que sobrou mais para o meu lado. Não foi só por ter estas músicas e estas coisas para dizer, mas também porque eles estavam em digressão quando a maior parte do disco foi escrito. Sobrou para mim, o que foi duro para todos porque há ressentimento e inveja – o que é natural em todos nós e mais nos colegas de banda quando não podes estar lá, dares a tua opinião e fazeres tudo o que queres fazer no disco. Pode haver esse ressentimento, mas em última análise tudo isso permitiu que nos isolássemos e escrevêssemos as melhores canções que alguma vez escrevemos. Até as músicas que o Tyler fez, ele conseguiu estar sozinho, isolado… Foi tudo pensado e realizado.

 

E foi real. O disco mais real que esta banda alguma vez tinha feito. As letras são reais. E o resto do processo também foi mais real?

É uma boa pergunta. Acho que sim. Liricamente, é o mais real porque acho que tirámos a máscara que usávamos há muito tempo. No meu caso acho que houve alturas em que tive medo … Eu nunca gostei muito de redes sociais e essas coisas. Nunca gostei que as pessoas soubessem o que ando a fazer, que estou apaixonado por alguém, que estive a chorar … Não gosto que as pessoas saibam dessas coisas, mas este disco fez tudo desaparecer e eu agora já não me importo. Talvez por ter 33 anos e estar confortável na minha pele… Não quero saber. E musicalmente… o Jon Theodore entrou para a bateria e deixei de ser eu a ter de fazer essa parte o que nos permitiu fazer tudo o que queríamos. No passado, estávamos um pouco restringidos. Acho que, musicalmente, é o nosso disco mais real.

 

Vamos parar numa música. “Hey Lover” foi feita desde o início para ser um dueto. É uma das muitas conversas de Michael Shuman, ao telefone com a sua ex-companheira, longe um do outro. A canção tinha de ter uma voz feminina, e a escolha foi quase automática: Alison Mosshart, vocalista dos Kills e grande amiga.

Na demo que gravei, sou eu a cantar tudo, mas foi feita para ser uma conversa. Uma conversa que tive muitas vezes quando andava em digressão e ligava para casa. Sabia que queria uma voz feminina – todos queríamos muitas vozes femininas no disco, aqui e ali. A Alison é minha amiga há muito tempo, apoiou a banda desde o início, levou-nos em digressão com os Kills… Sempre a admirei muito, acho que ela é uma grande performer, cantora, poeta, artista. Quando lhe mostrei a música, ela adorou. Eu sabia que podia contar com ela para dar à música a energia que a música pedia. Se convidasse uma pessoa que não conheço… Sei lá, podia ter ligado à Taylor Swift para a convidar para cantar, mas acho que não íamos ter essa dinâmica. Nós já somos amigos, ela percebeu, e tivemos um ótimo diálogo em estúdio.

 

O novo álbum dos Mini Mansions acabou de sair, mas a banda já tem vindo a tocar as novas músicas ao vivo há algum tempo. Qual tem sido a reação dos fãs e do público?

A melhor de sempre. A primeira vez que tocámos as músicas novas para os nossos fãs e para outros, porque nós sempre fomos uma banda de suporte e temos aberto para muitas bandas incríveis. Quando andámos em tour com os Arctic Monkeys, tocámos alguns dos novos temas e foi completamente diferente daquilo a que estávamos habituados. Bem melhor. Termos o Jon na bateria fez-nos perceber que era isto que devíamos andar a fazer há muito tempo. Acho que estas canções estão a ser apreciadas por mais pessoas, não apenas pelos fãs da banda.

 

Foi precisamente como banda de suporte que os Mini Mansions vieram a Lisboa. Abriram para os Muse no Passeio Marítimo de Algés a meio da semana. Perguntei ao Michael Shuman se ele vê estes concertos como uma boa oportunidade para captar novo público e se fica mais nervoso com a responsabilidade de estar num palco tão grande.

Honestamente, não fico mais nervoso nestes concertos, mas há uma certa luta quando estás lá em cima. Estás a tentar ganhar novos fãs e ao mesmo tempo estás a tentar provar algo a todas aquelas pessoas. É dificil e só tens meia hora para o fazer. Meia hora em que as pessoas andam de um lado para o outro a beber cerveja e a comer cachorros…

 

Tipo speed dating.

Isso mesmo. É uma boa maneira de pôr as coisas. Nos teus concertos, é outra coisa. Relaxas, tocas hora e meia e consegues estabeler uma ligação com as pessoas que já te conhecem e que sentem e respeitam aquilo que fazes. Gosto das duas situações, mas estou entusiasmado com a perspetiva de fazermos a nossa própria digressão para tocarmos este disco e estas novas canções. É isso que quero fazer.

Mini Mansions
Anterior Seguinte

Pode também gostar

Imagem de Cass McCombs

Cass McCombs

Imagem de Portugal, The Man

Portugal, The Man

Imagem de Black Country, New Road

Black Country, New Road

Imagem de Ana Frango Elétrico

Ana Frango Elétrico

Imagem de Nilüfer Yanya

Nilüfer Yanya

Imagem de Lambrini Girls

Lambrini Girls

Imagem de Fat Dog

Fat Dog

Imagem de NEOPOP 2025 e os nomes emergentes do clubbing em Portugal

NEOPOP 2025 e os nomes emergentes do clubbing em Portugal

Imagem de Oliver Laxe, realizador de “Sirât”, em entrevista

Oliver Laxe, realizador de “Sirât”, em entrevista

Imagem de Glass Animals: “Senti-me um impostor. Sentia que nada era real”

Glass Animals: “Senti-me um impostor. Sentia que nada era real”

PUB
Antena 3

Segue-nos nas redes sociais

Segue-nos nas redes sociais

  • Aceder ao Instagram da Antena 3
  • Aceder ao YouTube da Antena 3
  • Aceder ao WhatsApp da Antena 3

Instala a aplicação RTP Play

  • Apple Store
  • Google Play
  •  Perfil da Rádio
  •  Contactos
  •  Frequências
  •  Programação
Logo RTP RTP
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • Youtube
  • flickr
    • NOTÍCIAS
    • DESPORTO
    • TELEVISÃO
    • RÁDIO
    • RTP ARQUIVOS
    • RTP Ensina
    • RTP PLAY
      • EM DIRETO
      • REVER PROGRAMAS
    • CONCURSOS
      • Perguntas frequentes
      • Contactos
    • CONTACTOS
    • Provedora do Telespectador
    • Provedora do Ouvinte
    • ACESSIBILIDADES
    • Satélites
    • A EMPRESA
    • CONSELHO GERAL INDEPENDENTE
    • CONSELHO DE OPINIÃO
    • CONTRATO DE CONCESSÃO DO SERVIÇO PÚBLICO DE RÁDIO E TELEVISÃO
    • RGPD
      • Gestão das definições de Cookies
Política de Privacidade | Política de Cookies | Termos e Condições | Publicidade
© RTP, Rádio e Televisão de Portugal 2025