Desde o dia em que os irmãos Lumière mostraram imagens dos funcionários a sair de uma fábrica em Lyon até ao final dos anos 20, o cinema evoluiu tanto no plano técnico como na sua capacidade narrativa. Em 1929, já se contavam histórias reais e narrativas de ficção complexas; já havia estrelas do grande ecrã e grandes produções; e já há algum tempo as imagens em movimento eram igualmente usadas como ferramenta de propaganda. Com o som e a cor como episódios de um futuro próximo, esse ano assistiu ao nascimento de uma obra que faria História e que hoje é recordada não apenas como um dos mais importantes documentários da história do cinema, mas também como um dos mais belos e influentes filmes de todos os tempos. Tem por título O Homem da Câmara de Filmar e inscreveu na história da sétima arte o nome do seu realizador, o russo Dziga Vertov.