Pele branca. Dentes caninos aguçados. Olhar distante. Assustador. E, no entanto, estranhamente sedutor. Em poucas palavras, podemos caracterizar uma figura lendária que cruza várias épocas do cinema.
Acontece que, antes de chegar ao grande ecrã, Drácula já era mais do que uma lenda; era mesmo uma figura real. Em 1897, o escritor irlandês Bram Stoker aproveitou a figura de Vlad, o Empalador para criar uma personagem de ficção, e o livro conquistou o imaginário de milhares de leitores. Não foi surpresa, por isso, que, em 1922, ainda nos tempos do cinema mudo, um primeiro eco desta mitologia tenha chegado aos ecrãs, em Nosferatu. Nove anos depois, desta vez numa produção norte-americana e já com som, ouvimos então, pela primeira vez, o nome Drácula proferido numa sala de cinema.