O 2º dia do Under The Doom pautou-se, mais uma vez, por boas actuações das bandas que subiram ao palco do RCA Club.
Apesar de menos público que no dia anterior, isso não desmotivou nem bandas nem o público presente.
A grande atracção para este dia foram os britânicos Esoteric. O quinteto de Birmingham, baseou a sua atuação no último disco trabalho de estúdio Paragon of Dissonance editado em 2011. Com um som bem pesado, de contornos experimentais e temas bem longos, a banda lá foi tocando sem grande interacção com o público, que já mostrava sinais de cansaço de uma noite longa de concertos.
As boas surpresas da noite foram as bandas da Península Ibérica, neste caso, os espanhóis Orthodox e os nacionais Carma.
O duo espanhol antecedeu os britânicos Esoteric, e com a apenas bateria, baixo e voz conseguiram conquistar e cativar o público se encontrava na sala. Os sevilhanos concentram a actuação no mais recente disco de estúdio Axis.
Já os conimbricenses Carma revelaram-se como uma excelente revelação no Under The Doom, com um cuidado visual em palco, raro, diga-se, em bandas nacionais, a banda caminha entre o funeral doom, black metal e sons mais atmosféricos. Com o disco de estreia editado em 2015, com letras em português, os Carma são uma das bandas a acompanhar nos próximos tempos.
Já os franceses Mourning Dawn revelaram muita experiência em palco, num concerto tecnicamente quase perfeito, não fosse tentar perceber se o vocalista Laurent estava doente, de ressaca ou apenas cansado. Mesmo assim, foi um bom espectáculo tendo em conta o tempo que a banda esteve em palco.
Já os gregos Shattered Hope, conseguiram aquecer o público com o seu death/doom que tiveram como cartão-de-visita o mais recente trabalho de originais Waters of Lethe editado em 2014.
As honras de abertura do festival estiveram a cargo dos nacionais My Master The Sun, que começaram a tocar um pouco mais cedo do que era previsto, e por isso só conseguimos assistir ao último tema da banda.