Os corpos movem-se, a energia de todas as células é elevada a níveis máximos, os movimentos reagem ao êxtase, o suor escorre, o som e a pele convergem numa pulsação constante, e a água das mangueiras é como uma chuva lançada para atenuar a temperatura exterior. Esta é uma imagem que descreve um pouco o cenário daquilo que foram os últimos dois dias no Festival Forte: o lugar onde o techno é a força maior de (co)existência.
De 1 a 2 de setembro, o tempo foi uno: dois dias tornaram-se num só, com cerca de 24 horas de techno em palco, no Castelo de Montemor-o-Velho. Uma maratona com sabor a raves que não sabíamos que podiam existir fora da Europa de Leste ou de Berlim, mas que estão bem presentes em Portugal e encontram no Forte o seu expoente máximo.
Lena Willikens, Helena Hauff, The Hacker, Extrawelt (live) e I Hate Models foram alguns dos grandes nomes que marcaram presença nesta loucura infinita de eletrónica. A Antena 3 marcou presença neste festival, e a Teresa Vieira dá-nos uma pequena amostra de como foi esta experiência em que o tempo para e o cansaço parece nunca dar sinais de vida — onde o techno reina sem limites.