Desde 2004 que o Festival de Musica Exploratória do Barreiro programa alguma da música mais ousada feita dentro e fora de Portugal: eletrónica, improvisada, jazz, rock, quase todos os géneros, sempre movidos por um espírito de aventura que rompe convenções e desafia quem ouve e vê.
Em edições passadas, tocaram no OUT.FEST grupos como Panda Bear (Animal Collective), The Fall (lendária banda pós-punk britânica), Faust (referência incontornável do krautrock), Damo Suzuki (um dos experimentalistas clássicos, foi vocalista dos Can) ou Oneohtrix Point Never (projeto de Daniel Lopatin, um dos produtores de eletrónica mais indefiníveis dos tempos recentes). A presença no cartaz de grupos portugueses tem sido igualmente arrojada, com alguns dos músicos e projetos mais importantes da cena experimental nacional: Caveira, Loosers, Gala Drop, David Maranha, Norberto Lobo, Sei Miguel ou Rodrigo Amado já passaram por lá, em alguns casos mais do que uma vez.
Na 12ª edição do OUT.FEST, a selecção continua fora da caixa, e inclui até uma aula de yoga , além de workshops e concertos. São 21 espectáculos entre os dias 8 e 11 de Outubro.
DESTAQUES
Laraaji – Músico e compositor americano ligado à cena new age, praticante da meditação pelo riso. Foi descoberto por Brian Eno, em 1979, quando tocava num parque em Washington. No Domingo, dá uma aula de yoga de manhã e apresenta
The Peace Garden, à tarde.
Golden Teacher – Colectivo de Glasgow, Escócia, que mistura percussão tribal, techno, dub, punk e funk num caldeirão que parece ter os efeitos da poção mágica. Os seus espectáculos ao vivo costumam deixar marcas (tocaram já este ano no Milhões de Festa e na ZDB).
Gala Drop – Um dos grupos portugueses com maior projecção internacional. Gravam para a nova iorquina Golf Channel e combinam rock com dub, musica eletrónica ou de África. Passaram pelo Palco Antena 3 no SBSR deste ano.
Vladislav Delay – Este é um dos alter-ego do produtor e músico finlandês, Sasu Rapatti, também conhecido como Luomo ou Uusitalo. Começou por ser baterista, hoje é um dos nomes da eletrónica que melhor combina elementos orgânicos e digitais.
Niagara – Trio de Loures com dois EPs, na Príncipe Discos, (
Ouro Oeste e
Ímpar), um na londrina From The Depths (
Falcão/Mustor) e alguns cdrs que criaram. Praticam uma eletrónica que pode ter tanto de físico como de contemplativo e acabam de editar
Ascender, com selo da sua própria editora (a Ascender).