A Companhia do Chapitô leva a cena uma das mais aguardadas inadaptações: “Antígona 3 por 3,5”.
A peça estará em cena de 3 de março a 24 de abril no Chapitô, em Lisboa, de quinta a sábado às 20h30 e domingo às 17h00.
Esta nova criação coletiva, a 38ª do seu repertório, continua a explorar o estilo de comédia visual e física que convida à imaginação do público.
Transformar a tragédia em comédia, valorizando-a pelo seu poder de questionar todos os aspetos da realidade física e social, tem sido uma das premissas desta Companhia.
Eis a narrativa: após a morte de Édipo, a regência de Tebas foi dividida entre os seus dois filhos, Etéocles e Polinices, que acordaram alternar o poder por períodos iguais. No final do primeiro período, Polinices vem tomar o seu lugar e é impedido por Etéocles. Junta-se ao rei de Argos iniciando uma guerra com o seu irmão, da qual resulta a morte de ambos.
Creonte, tio dos dois irmãos, sobe ao poder e decreta que Etéocles deverá ser sepultado com todas as honras religiosas, e a Polinices, encarado como traidor, é-lhe negado o direito à sepultura. Inconformada com esta situação a sua irmã Antígona, contrariando o decreto de Creonte, inicia os rituais fúnebres a Polinices, sendo apanhada pelo mesmo e condenada a ser emparedada viva.
Nesta tragédia de Sófocles, o desenlace é assim mesmo, trágico. Morrem quase todos os intervenientes diretos desta história, com exceção de Creonte, que fica até ao final da sua vida a expiar os seus erros.
Ficha Artística e Técnica:
Criação Colectiva da Companhia do Chapitô
Encenação – José C. Garcia e Cláudia Nóvoa
Interpretação – Pedro Diogo, Susana Nunes e Tiago Viegas
Direcção de Produção – Tânia Melo Rodrigues
Ambiente Sonoro – A Cadeira d’Avó
Figurinos – Glória Mendes
Desenho de Luz – José C. Garcia e Bruno Boaro
Cartaz – Sílvio Rosado