Última Hora, espetáculo encenado por Gonçalo Amorim a partir do texto que Rui Cardoso Martins escreveu para a o Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, está em cena até dia 15 de novembro. Tiago Ribeiro visitou o ensaio e antecipa-vos esta comédia com tons negros e dolorosos sobre o futuro dos media e dos órgãos de informação em particular. A partir de um jornal será possível se medir o pulso à democracia de um país?
Última Hora é o título de um jornal português, cuja redação vive o destino de todos os periódicos: uma grave crise e a aproximação do fim. A novidade mais fresca, a breaking news, será a notícia do seu fecho… É neste caldo de nervos que os protagonistas deste espetáculo terão de tomar decisões absurdas, contraproducentes, caricatas, lamentáveis e, porque não?, comoventes, para salvarem o amor-próprio e a essência da sua profissão.
Uma comédia escrita por Rui Cardoso Martins e encenada por Gonçalo Amorim, em Última Hora o que mais interessa é a própria humanidade. Os magníficos defeitos, virtudes, heroísmos, canalhices, jogos escondidos, amores secretos, vícios ou altruísmos fazem o universo daqueles que vivem para contar (e moldar) a realidade do mundo. Que última decisão é preciso tomar? Que mentira, se necessária, em nome da sobrevivência? Que teatro acontece todos os dias?
Última Hora estará em cena na Sala Garrett do D. Maria II até 15 de novembro e conta com interpretação de Catarina Couto Sousa, Cláudio Castro, Ema Marli, Inês Cóias, João Grosso, José Neves, Lúcia Maria, Manuel Coelho, Maria Rueff, Miguel Guilherme, Nadezhda Bocharova, Paula Mora e Pedro Moldão.
A peça decorre às quartas e sábados às 19h; quintas e sextas às 21h; e domingos às 16h.