Blood é o segundo álbum de Rhye, projecto do canadiano residente em Los Angeles Michael Milosh.
Um disco de pop com travo soul, elegante e sofisticada.
Head Over Heels é o quinto álbum da dupla canadiana Chromeo.
Continua ancorado no boogie funk dos anos 70 e 80 e tem um lote invejável de convidados como DRAM, French Montana ou Amber Mark.
Hive Mind, quinto àlbum dos norte americanos The Internet é um disco coeso, em que o grupo funciona de facto como colmeia, explorando caminhos conhecidos e desconhecidos do hip hop e r’n’b
Isolation é o álbum de estreia de Kali Uchis, americana de origem colombiana que mistura soul, hip hop, funk, referências brasileiras e jamaicanas e colaborações de Damon Albarn, Bootsy Collins e Tyler The Creator, entre outros.
Victoria Legrand e Alex Scally lançaram em 2018 o seu sétimo álbum adequadamente chamado 7.
Um disco que mergulha no psicadelismo pop sem medo do mais negro lado negro e tem colaboração de Sonic Boom.
Little Dark Age, 4.º álbum dos MGMT é o disco em que a dupla americana regressa à pop, aqui tingida de anos 80.
East Atlanta Love Letter é o segundo álbum do rapper e cantor americano 6LACK, e tem colaborações de J. Cole e Khalid.
In a Poem Unlimited é o sétimo álbum de U.S. Girls, o projecto da americana a viver no Canadá Megan Rémy.
Pop, disco, funk, e canções de reflexão e protesto.
Beyondless é o 4.º álbum dos Iceage.
Punk rock da Dinamarca, com sombras góticas e participação de Sky Ferreira.
Scorpion, o 5.º disco do canadiano Drake, é duplo, tem 90 minutos e participações de Jay-Z, Tyler Dolla Sign, entre outros
David Byrne regressou, em 2018, com American Utopia, um disco que não deixa dúvidas sobre o sentido crítico e relevância artística do homem que fundou os Talking Heads.
Testing tem convidados como FKA Twigs, Moby, Frank Ocean ou Skepta.
É o 3.º álbum do nova iorquino A$ap Rocky.
Josh Tillman, Father John Misty, continua irónico, às vezes cáustico, mas não esconde o lado sensível.
Está tudo exposto neste 4.º álbum.
Mitsky nasceu em Tóquio e vive em Nova Iorque.
Be the Cowboy é o seu 5.º álbum. Um disco de canções curtas mas certeiras e cheias de vitalidade.
Os Gorillaz, o projecto de Damon Albarn e Jamie Hewlett, gravaram este 6.º álbum como uma espécie de disco a solo de 2 D.
O vocalista… tem contributos de Snoop Dog, Jamie Principle e George Benson.
Superorganism são uma banda de 8 elementos de vários países que se conheceram via internet e fazem canções pop com visão global.
Superorganism é também o titulo do álbum de estreia.
Geography é o primeiro álbum do cantor e beatmaker londrino Tom Misch.
Um disco que combina jazz, hip e electrónica e coloca Misch no centro das atenções.
Boarding House Reach é o 3.º álbum a solo de Jack White.
Nele o guitarrista, compositor e chefe de banda, explora universos conhecidos, como country ou blues, e outros menos conhecidos como rock progressivo, até um certo funk.
Já lhe chamaram o novo Prince e Janelle Monáe até tem as referências e o estilo à altura da comparação, além de talento.
Dirty Computer não deixa dúvidas: Janelle Monáe é uma das grandes figuras da musica atual.
Lost & Found é o álbum de estreia de Jorja Smith, jovem londrina que já colaborou com Drake e Kendrick Lamar.
Wide Awake é o 6.º álbum dos Parquet Courts, banda de Brooklyn.
Tem produção de Danger Mouse e um irresistível lote de canções de inquietude punk com o baixo pulsante. Os Parquet Courts bebem inspiração no pós punk original, evocando tanto o hardcore de uns Minutemen como o punk funk de uns Gang Of Four, embora também saibam fazer irresistíveis canções pop de melodia entranhante.
Apesar das referências passadas, Wide Awake soa fresco e urgente com as suas canções de protesto e existencialismo irónico
Cat Power a reinventar a tradição folk americana com um dueto com Lana Del Rey e uma versão de Rihanna à mistura.
Chan Marshall, Cat Power, começou por ser uma das artistas mais iconoclastas da cena indie americana mas hoje é uma verdadeira estrela pop e Wanderer, 10.º álbum, parte desse princípio, ainda que de forma pouco óbvia.
Cat Power fez um hiato de 6 anos depois de Sun, o disco editado em 2012. Ser mãe, problemas de saúde e outros tumultos levaram-na a uma pausa para reflexão que deu origem a um disco sobre movimento, mudança e seguir caminho – o seu caminho, ditado pela sua vontade. O disco marca uma rutura com a editora anterior, a Matador, alegadamente por pressões para ser mais comercial, e isso parece determinar a sua estreia na Domino.
As canções são pessoais, mesmo quando falam do mundo, as palavras são íntimas e a instrumentação acústica e minimal.
Wanderer é delicado e assombrado… embora também tenha um bocadinho de auto tune. Cat Power forte e determinada em todas as suas fragilidades.
El Mal Querer é o 2.º álbum da catalã Rosalía, uma espécie de hip hop futurista misturado com flamenco, feito com supervisão de El Guincho.
Rosalía é um verdadeiro fenómeno mediático, em Espanha sobretudo, mas não apenas, e El Mal Querer um disco no centro de todas as atenções.
Segundo Rosalía, El Mal Querer inspira-se numa novela cigana do séc. XIV chamada Flamenca, que conta a história de uma mulher que se casa com um homem ciumento que acaba por aprisioná-la. É no fundo um disco conceptual sobre amor doente – de resto, está logo no título.
Mas o que faz El Mal Querer destacar-se, de facto, não é tanto a temática, mas a interpretação de Rosalía e a produção de El Guincho que consegue intensificar o drama do sempre teatral flamenco recorrendo a elementos eletrónicos que colocam esta música entre as experiências de r’n’b mais ousado que podemos ouvir atualmente.
Bottle It In é o 7.º álbum de Kurt Vile. Um disco feito ao longo de três anos, em viagem pela América, o que talvez explique a sua duração: quase 80 minutos. Vile não desperdiçou muitos segundos do limite de tempo permitido num cd, o que facilitou a diversidade sónica.
O guitarrista, cantor e compositor americano, continua um instrumentista exímio, com talento exemplar para escrever canções com significado sem parecer esforçar-se minimamente para isso. Talvez a voz lacónica, a lembrar Neil Young, tenha a ver com isso e na verdade seja tudo muito mais complexo, mas Kurt Vile tem sempre ar de quem não sofre pressões e isso dá uma irresistível dimensão de coolness à sua música, mesmo nos momentos mais introspectivos.
Em Bottle It In, Kurt Vile soa igual a si próprio, mesmo quando faz pequenos desvios. É difícil resistir ao seu stoner rock melódico.
Courtney Barnett, a guitarrista cantora e compositora de Melbourne, editou este ano o 2.º álbum Tell Me How You Really Feel, um disco onde a sua habitual eloquência se centra mais na auto análise do que em pensar sobre o mundo (embora também o faça).
O disco é também fruto da vida na estrada e das questões existenciais que isso levanta e tem Kim e Kelley Deal, das Breeders, na canção com o título e letra mais desarmantes do disco: “Cripling Self Doubt And General Lack of Confidence”.
Courtney Barnett até pode ter dúvidas existenciais sobre a sua pertinência, mas nós não.
For Ever, o 2.º álbum de Jungle, é pop moderna contaminada por soul, funk e rnb. A dupla londrina Josh Lloyd Washington e Tom Mcfarland, ou J & T, está no centro de todas as atenções desde o álbum de estreia lançado há 4 anos.
Jungle, era esse o título, levou-os a praticamente todo o lado, California incluída, o que de resto parece ter influenciado particularmente o novo disco, cheio de referências ao imaginário americano da costa oeste, com estradas intermináveis ladeadas de palmeiras e cheiro a protector solar a emergirem das canções.
For Ever é um misto de melancolia e celebração, que venera clássicos como Al Green ao mesmo que presta atenção às novas produções de hip hop e r’n’b. Um disco que confirma os Jungle como uma das grandes forças criativas da pop mais sofisticada que se faz actualmente.
Tranquility Base Hotel and Casino, o 6.º álbum da banda de Sheffield, dividiu alguns fãs. Nem todos se renderam de imediato a esta faceta mais contida, adulta e sci fi de quem nos habituou a canções enérgicas. Mas, para quê um disco igual quando podiam desafiar-se a si próprios e fazer diferente?
Tranquility Base é pop cinemática de espírito retro-futurista, com cenário numa colónia lunar imaginária. Está cheio de piano e sintetizadores e referências anos 60 e tem algumas das letras mais reveladoras de Alex Turner: as primeiras frases que ouvimos suas no disco são: eu só queria ser um dos strokes, vê a confusão que me obrigaste fazer….
Por nós, a confusão é bem vinda. Ao 6.º álbum, os Arctic Monkeys reinventaram-se com ironia e estilo em baladas sci fi que também são sobre a vida agora.
Punk rock com músculo, adrenalina e consciência sócio-política. É isso que nos oferecem os Idles no álbum: Joy As An Act Of Resistence.
Energia vital em estado volátil e palavras certeiras sobre a realidade britânica e mundial, com disparos contra o Brexit e a masculinidade tóxica e clamores pro imigração, pro igualdade e unidade. O som pode ser cru, a energia bruta, a forma rude, mas no fundo os Idles têm bons princípios – o que eles pregam é amor e tolerância, expresso com guitarras incendiárias e pulsar nihilista.
Joy As an Act of Resistence é o segundo álbum da banda de Bristol. Um disco com mensagem, que grita bem alto coisas importantes e confirma os Idles como uma das bandas do momento.
Algo de extraordinário deve passar-se nos antípodas para continuarmos a receber música tão significativa de países como Austrália e Nova Zelândia. Na lista de 10 primeiros, temos a australiana Courtney Barnett e o neo zelandês com base na Austrália, Marlon Williams.
Este ano, Williams conquistou-nos ao vivo e em disco, o que também explica este 2.º lugar na contabilidade interna da Antena 3 com Make Way For Love.
Este é o seu 2.º álbum e é um disco de canções nostálgicas e sem tempo, country de melodias insinuantes e guitarras cristalinas, com trinados de seda a lembrar crooners clássicos como Roy Orbison, até Elvis, às vezes Chris Isaak ou Jeff Buckley. As canções do disco são feitas da matéria mais nobre de todos os clássicos pop: aspirações românticas e desilusão amorosa. O assunto é sério, mas as canções são doces.
Na verdade, todo o sofrimento soa irresistível na voz de Marlon Williams, polida em coros de igreja antes de chegar aos discos e palcos. Ninguém resiste a Make Way For Love.
Anderson .Paak! É caso para perguntar se este multi instrumentista, músico, produtor e cantor será capaz de falhar?
Oxnard é o 3.º álbum de Anderson .Paak, recolheu o nosso consenso e está em 1.º na lista de discos internacionais da Antena 3.
Hip hop com memória do passado e amplas visões de futuro, a esticar os limites do conhecido para lá das fórmulas dominantes. Oxnard tem o nome da cidade natal de .Paak e a sombra de clássicos: Curtis Mayfield, G funk, todo o imaginário hip hop da Costa Oeste, mas também mostra vontade de arriscar e experimentar, no ritmo das palavras e dos beats.
Um disco com supervisão de Dr Dre, sai pela sua editora Aftermath, e colaborações de Kendrick Lamar, Snoop Dogg ou Q Tip, além de dedos de gente como 9th Wonder, Madlib ou Omas Keith na produção.
Oxnard é um sinal da vitalidade do hip hop em 2018 e da relevância, cada vez maior, de Anderson .Paak.