Are you ready? Set? Três anos depois, o DJ californiano recrutou os veteranos do hip hop nova-iorquino para dar gás a Our Pathetic Age. Go!
Rude, rebelde e rafeiro é o rock dos Idles. E, dos restos que ficaram de fora de Joy As an Act of Resistance, veio a catarse sob a forma de single de verão.
Cartão de visita da australiana que, ironicamente, nos conquistou com esta crítica àqueles que só querem ouvir os êxitos. Cuidado, que, no meio de tanta doçura, ela morde!
Com cheirinho a Lou Reed, mãozinha de um ex-Vampire Weekend e vídeo de Paul Thomas Anderson, as manas HAIM fizeram de uma má notícia um raio de luz. E, tantos meses depois, ainda cheira a verão…
Outro exemplo de como ritmo dançante e melodia cativante escondem uma história pessoal mais negra. A eternamente falhada promessa do irmão toxicodependente, sempre so ready para deixar, deu em single viciante.
Escondida no final do alinhamento de I Am Easy to Find, uma canção ouvida pela primeira vez ao vivo em 2011 e esquecida durante anos. Agora renascida, “Rylan” veio confirmar que o que é National é bom.
O rapper de Oxnard recrutou o veterano da soul para servir de guia à sua Ventura pelos sons da Motown. Resultado: é difícil fazer melhor.
Três anos depois de ter garantido A Seat at the Table, a Knowles mais nova regressou a casa, com muito para deitar cá para fora. E nunca uma ameaça de porrada soou tão convidativa… Hold up!
Soul do coração do Texas. Foi o que nos trouxe a dupla de Austin, que se estreou com este single, algures entre a declaração de amor gótica e o bruxedo vodu.
Da soul do Texas para os blues do Alabama, à boleia de uma das mais surpreendentes estreias em nome próprio. O primeiro single a solo da frontwoman dos Alabama Shakes stays high.
É necessário quebrar os padrões. É necessário entender o manifesto anti-homofobia do rapper brasileiro. É necessário ter a coragem de ouvir, nesta canção etérea, uma mensagem eterna.
A veterana carioca voltou do Planeta Fome com ganas de “não sucumbir”. O produtor Russo Passapusso deu letra e música à sua voz, e o resultado é a “Libertação” d’A Mulher do Fim do Mundo.
Dois anos depois de Wallflower, o australiano teve o nerve de se transformar em autor de sci-fi e oferecer uma distopia futurista sob a forma de canção, para nos deixar de ouvidos abertos e olhos atentos.
O produtor inglês regressou com mais uma mão cheia de êxitos e outra de vozes conhecidas. O tema-título, cantado pela sueca Lykke Li, foi infalível chamariz para um dos regressos do ano.
Nascido discretamente em finais de 2018, foi a ressurreição na primavera de 2019, num EP de remisturas, que fez desta explosão em lume brando uma das canções mais bombásticas do ano.
Em ano sem álbum, a banda de Kevin Parker lançou três singles. Primeiro, pediu paciência, No fim, anunciou que era a hora. Pelo meio, deixou-nos esta meditação introspetiva, polvilhada a vaporwave e soft rock.
Se os Tame Impala lançaram três singles num ano, Rosalía lançou sete. Este foi o terceiro. Chegou no final de maio, vestido de sangría y Valentino, para celebrar o aniversário de “Malamente”.
A rainha das versões pegou num velho êxito dos Sublime — que por sua vez pegava num velho clássico de George Gershwin — e fez desta “versão de uma versão” um verdadeiro hino ao verão.
Por entre a gravidez, a maternidade e o regresso às aulas, a nova-iorquina teve tempo e génio para tirar este retrato melancólico da juventude. Uma das melhores do ano, por uma das mulheres do ano.
Os rapazes da boa terra irlandesa e a necessidade de conduzir a vida à estalada, para abalar consciências e abanar capacetes. Como nesta diatribe spoken word com balanço punk, tão anti-Brexit como contra quem é do contra… só para ser qualquer coisa…
Ao som de uma esquecida canção de 1971, o canadiano abriu-nos as portas do seu lar, doce lar, e inscreveu o seu inesquecível regresso entre as canções de 2019.
Irónico é o mínimo que se pode dizer de uma canção dita egoísta cantada a duas vozes. Paragem obrigatória da Grey Area, eis a face mais delicodoce do hip hop britânico.
Foi pelo hall da harmonia que os indies de Nova Iorque nos apresentaram o Father of the Bride. E, logo à chegada, fomos conquistados pela alegria deste single bonacheirão.
Os primeiros segundos podiam ser filme de terror. Mas cedo a voz de Natalie Mering afasta o medo e enche-nos de aconchego e esperança. O amor está de volta… everyday.
Esperança e aconchego é o que nos oferece também Kiwanuka. Mas também autoconfiança e amor próprio, nesta ode à aceitação pessoal.
Em 1967, Robert Redford e Jane Fonda venderam-nos o perfeito casal desajustado na comédia Descalços no Parque. Meio século depois, James Blake e Rosalía revelaram-se o perfeito casal desencontrado numa das canções mais românticas do ano.
Antes de esgotar Arenas e encher Alives, a garota norte-americana mostrou-nos aquilo que todos sabíamos, mas tínhamos medo de assumir: o monstro debaixo da cama também precisa de amigos.
Tem nome que é adjetivo e canção a condizer. O single de Sampa Tembo parece ter a forma final de um filme de Tarantino, mas foi a celebração da herança africana da MC australiana que fez dele banda sonora de 2019.
Lançado ao raiar do ano, esta espécie de manifesto de intenções não mais nos largou, lembrando que, por mais vidas que tenham, estes brothers é que são os chemicals between us.
Foi uma bebida que nos encheu: um sumo de rimas doces e batidas gulosas, que satisfaz e nos fez render a Lizzo. Sabor do ano no menu da Antena 3.