Ozzy Osbourne deixou-nos, aos 76 anos. Uma vida que agora parece curta, mas que deixou um legado imensurável. Uma vida que foi acompanhada de perto pelo nosso António Freitas. Tão de perto, que chegou a conversar mais do que uma vez com o Príncipe das Trevas.
Uma dessas entrevistas foi em 1995. Tinha a Antena 3 acabado de nascer. Ozzy tinha 47 anos, e nesse ano editou o álbum Ozzmosis. O sucessor de No More Tears, o sexto álbum a solo que Ozzy tinha editado em 1991, e que tinha dito ser o último antes de se reformar da música. Não o fez, nem dessa, nem de todas as vezes que anunciou reforma. Por isso é que houve quem não acreditasse que o concerto de despedida em Birmingham era mesmo o último. Mas foi. Ozzy Osbourne foi parado pela morte, mas em vida poucas coisas o pararam. Nesta entrevista em 1995 dizia a António Freitas que para ele não havia regras, e que o ser humano não nasceu para ser liderado.
Ozzy a dizer que não entendia como é que os governos diziam “isto é bom para ti”, e não o faziam eles próprios. Além desta ideia de viver sem governo, Ozzy contava também a António Freitas que se sentia, ainda e sempre, uma criança grande.
Uma criança no coração, Ozzy a dizer que não se levava a sério. António Freitas perguntava-lhe ainda: o segredo para o sucesso, será a honestidade? Ozzy dizia que gostava de acreditar que sim.
“Eu só fiz música o melhor que pude, e felizmente as pessoas gostaram do que eu fiz”. Ozzy Osbourne, o Príncipe das Trevas, morreu menos de três semanas depois de ter enchido o estádio na Birmingham onde nasceu para um concerto de despedida, com dezenas de músicos que influenciou, e que se juntaram para o homenagear. Um concerto solidário, cujos lucros reverteram para um hospital de crianças, um lar também de crianças, e uma associação para a cura da Parkinson, doença da qual sofria.

OzzyOsbourne com António Freitas_Antena 3