Com o outono, chegou o quinto Portugal Alive. Best Youth, Bruno Pernadas, Capicua e Surma foram os porta-estandartes da música portuguesa em Espanha e atuaram em Madrid e Barcelona. Nós fomos com eles.
A festa começou por Madrid, a 21 de setembro, no Palacio de la Prensa. Surma, Bruno Pernadas e Best Youth abriram a festa. No público, muitos portugues e alguns espanhóis. Ora em busca da descoberta, ora a tentar matar saudades. O primeiro dia de concertos fechou perto da meia-noite. Quase todos os músicos tinham chegado a Madrid de manhã cedo, mas nenhum deles arredou pé até ao final dos concertos.
No sábado, o dia voltou a começar cedo. Os Best Youth voltaram para casa, mas, para Surma e Bruno Pernadas (juntamente com a sua banda de nove elementos), 10h30 era hora de rumar a Barcelona. Foram aproximadamente três horas de viagem que deram para colocar sonos e conversas (mais ou menos) em dia. Por Barcelona, o cenário era completamente diferente. Em vez de numa sala, os concertos seriam na rua, e o Portugal Alive surgia integrado no Festival BAM, nas festas de La Mercè, as maiores da cidade espanhola. Os concertos aconteceriam na Plaça de Joan Coromines, e logo ali no palco ao lado estavam Akua Naru e Oddisee.
A noite chegou, e o público também. Portugueses, catalães e turistas, de cerveja na mão a afugentar o calor de uma noite de outono que ainda não se lembrou de que já não é verão. Mais uma vez, a saudade, a vontade de descobrir o que se faz de melhor na terra natal, o entusiasmo de quem foi convidado por amigos e a curiosidade de quem passava encheram a praça, e Bruno Pernadas, Surma e Capicua foram recebidos como se estivessem em casa.
Diz-nos Paulo Teles da Gama, (agora ex–)Cônsul-Geral de Portugal em Barcelona e fundador do Portugal Alive, que o objetivo primordial do festival é mostrar que a música em Portugal é muito mais do que o fado. Do que nos pareceu, a missão vai sendo cumprida passo a passo.
Em Barcelona, a equipa da Antena 3 ficou hospedada no Hotel Pestana Arena.