O drill – subgénero do hip hop – foi apontado, nos últimos dias, num relatório de segurança interna, como causa do aumento da criminalidade. As rimas do drill são muitas vezes violentas, as imagens dos videoclipes podem incluir lutas e armas… No fundo, o drill retrata o que se passa em alguns bairros de periferia, em Portugal e lá fora. Mas será que a má fama do drill é justificada? Ou é apenas um grito de revolta de quem vive marginalizado? São perguntas às quais a Raquel Morão Lopes tentou responder, com a ajuda do testemunho do rapper do Barreiro Minguito – que se autoproclamou como impulsionador do drill em Portugal, numa entrevista ao Rimas e Batidas – de Cookie Jane, a bolacha inteira do rap português, que lançou singles como “Lucy” ou “Kiss My Furo” que a lançaram na cena musical do rap e também fizeram dela, rainha do drill, Ricardo Farinha, jornalista do Rimas e Batidas e António Brito Guterres, investigador e doutor em Estudos Urbanos.