O Porto Femme – International Film Festival está de regresso para a 7.º edição no próximo dia 16 de abril até ao dia 21 e acontece em vários espaços da cidade do Porto, com apoio Antena 3.
O tema central desta edição é Mulheres e Revoluções, procurando reforçar o importante papel de mulheres e pessoas não binárias na luta constante pelas revoluções passadas, presentes e futuras. No festival estarão presentes mais de 40 realizadoras, provenientes de mais de dez países (Brasil, China, Croácia, Espanha, França, Grécia, Itália, Iraque, Luxemburgo, Polónia, Portugal, e Rússia). A edição conta um total de 11 estreias mundiais, 2 estreias europeias, 7 estreias internacionais e 61 estreias nacionais e 21 filmes em exibição pela primeira vez no Porto.
Todos os anos o Porto Femme promove uma sessão de homenagem a uma mulher do cinema português. Este ano, os holofotes voltam-se para Margarida Cardoso, realizadora que tem explorado em sua obra temas que cruzam as suas experiências históricas pessoais com questões proeminentes na história recente de Portugal, como a guerra colonial em África, a revolução do 25 de abril e os anos do pós-colonialismo.
O festival vai mostrar o ensaio-documentário “Understory” (2019), em que a realizadora investiga as possibilidades de uma exploração justa da planta e observa que, majoritariamente, as mulheres são as pessoas que fazem a diferença nesse processo. Ao final da sessão haverá uma conversa com a realizadora, moderada pela investigadora e ativista Kitty Furtado.
Como parte desta curadoria especial, estão incluídos os filmes: REVOLUÇÃO (1975) de Ana Hatherly , poeta que opera numa montagem muito particular a partir do léxico dos grafites e cartazes do 25 de abril; CASAS PARA O POVO (2010) de Catarina Alves Costa, que em face à atual crise na habitação ganha força particular; A CAÇA REVOLUÇÕES (2014) de Margarida Rêgo que explora o poder de uma fotografia para ativar a memória; AMANHÃ (2004) de Solveig Nordlund, narrativa que transporta o espectador para a madrugada do 25 de abril a partir do olhar de uma criança; OS CRAVOS E A ROCHA (2015) de Luísa Sequeira, documentário que recorda a presença do cineasta brasileiro Glaber Rocha no dia da revolução e a sua participação no filme coletivo “As Armas e o Povo”; O ABORTO NÃO É UM CRIME (1976) de Monique Rutler e de Fernando Matos Silva, uma reportagem sobre o aborto clandestino.
A programação completa e informações sobre a competição temática, oficinas, festas e muito mais está disponível aqui.