Depois de já terem pisado no palco do festival MED – World Music Festival nomes como Buena Vista Social Club, Jimmy Cliff, Ana Moura, Orelha Negra, Sara Tavares, Mayra Andrade, Dino D’Santiago ou Marcelo D2, o festival de Loulé está de regresso com a sua 19.ª edição, com o apoio da Antena 3.
Já são conhecidas as primeiras confirmações para o MED de 2023. Entre elas contamos com nomes como Amaro Freitas (BR), AYWA (MA/FR), BandAdriatica (IT), Bandua, Bateu Matou, Bia Ferreira (BR), Bulimundo (CV), Club Makumba, Horace Andy (JM), Lavoisier, Omar Souleyman (SY), Onipa (GH/UK), Pedro Mafama, Sara Correia, Sarah McCoy (EUA) e Sétima Legião.
Amaro Freitas é um nome ressonante na música brasileira, com uma carreira consolidada. O pianista do Recife já esteve em Portugal no NovembroJazz e no NOS Primavera Sound, juntamente com Jean Elton no contrabaixo e Hugo Medeiros na bateria, em formato trio. Em 2020 colaborou com Milton Nascimento e Criolo no EP “Existe Amor” e no ano seguinte lançou o seu terceiro trabalho “Sankofa”. Também do Brasil – da zona de Minas Gerais – chega-nos Bia Ferreira, um nome inconfundível de um género musical que definiu para si mesma MMP – Música de Mulher Preta – onde a música e ativista canta sobre a sua realidade – a de uma mulher negra vítima de racismo e homofobia – para inquietar quem a ouve.
Na música portuguesa, são vários os projetos emergentes a destacar, como a dupla Bandua – que une Bernardo d’Addario e Edgar Valente – cuja participação na passada edição do Festival da Canção lhes valeu alguma popularidade a nível internacional. A sua música junta o folclore e a música eletrónica, enquanto celebra a tradição da cultura beirã. Também Bateu Matou junta músicos e produtores, o RIOT dos Buraka Som Sistema, Ivo Costa e Quim Albergaria dos PAUS. Em 2021, o trio editou o álbum de estreia “CHEGOU” e têm somado êxitos em Portugal, em concreto com a música “Não Pára” que se tornou hino oficial da Liga de Portugal, fazendo-se ouvir alto e bom som em todos os estádios. Club Makumba é outro trio musical e nasceu da união entre Tó Trips, João Doce, Gonçalo Prazeres e Gonçalo Leonardo, de onde floresceu uma sonoridade mais experimental e tribalista, que pode ser ouvida no álbum homónimo editado no ano passado. Os Club Makumba estão nomeados para os Prémios Play na categoria de prémio Revelação.
Outros artistas nomeados para os Prémios Play e confirmados no MED são Pedro Mafama e Sara Correia. Pedro Mafama começou a sua jornada musical em 2018, para mais tarde surpreender em 2021 com o LP de estreia “Por Este Rio Abaixo”. Colaborou em “Agarra em Mim”, canção de Ana Moura da sua “Casa Guilhermina” (2022) e lançou-se agora em março com o single “Estrada”, cheio de influências portuguesas e latinas. Sara Correia nasceu numa família fadista e conta já com dois LPs, o seu homónimo de estreia e “+ do Coração” – é já considerada uma das maiores vozes do fado contemporâneo e marca presença habitual em casas de fado em Lisboa. Outro nome a destacar é Lavoisier, banda de 2012, liderada pelo casal que junta Patrícia Relvas e Roberto Afonso num interessantíssimo projeto alternativo. Em 2022, lançaram “Aí” – o terceiro álbum do duo, construído a partir de residências artísticas em Trás-os-Montes. Ainda no panorama português, o MED leva Sétima Legião ao palco de Loulé, para o regresso de uma banda que mudou o panorama pop português, em 1982, ano em que se formaram.
Outro regresso muito aguardado é o de Omar Souleyman. Depois do furor que o músico natural da Síria fez quando tocou no Festival Músicas do Mundo em Sines em 2019 e depois de tocar o ano passado no Rock In Rio, Omar Souleyman regressa, agora, no sul do país, para enfeitiçar o público português com a sua música divertida e hipnótica – da Síria com amor.
Durante cinco dias, o festival MED enche-se de música dos mais variados pontos do globo, de animação de rua, gastronomia, teatro, cinema e muito mais, na zona história de Loulé. O MED começa no dia 29 de junho e vai até dia 2 de julho de 2023 e conta com o apoio da 3.