Sozinho nos camarins, o espetador está sentado no lugar do ponto de teatro. Tem headphones, o texto da peça e um microfone por onde pode ajudar o ator num momento de “calvário”. É a proposta de Kaspar: Palavra Soprada — que, depois da estreia em Lisboa e de uma volta pelo país, regressa à Latoaria para duas semanas de apresentações (até 1 de outubro). A partir de Peter Handke, Alexandre Pieroni Calado propõe uma peça de auto-teatro em que aquele que assiste é chamado a fazer a peça acontecer. As interpretações são de Tiago Mateus, Gustavo Salinas Vargas e Paula Garcia.
Para além do espetáculo, o projeto Parole Soufflée / Palavra Soprada prolonga-se através de outros momentos: também na Latoaria, há uma instalação sonora de João Ferro Martins; a 21 de setembro, no Goethe-Institut, três germanistas conversam sobre Peter Handke Em Guerra com as Palavras; a 23 de setembro, na Cinemateca, exibe-se o filme Jaime, de António Reis e Margarida Cordeiro, com comentários de Maria Filomena Molder.
A Mariana Oliveira entrevistou Alexandre Pieroni Calado.