@Vera Marmelo
Dois anos depois de apresentar Samba de Guerrilha, Luca Argel está de regresso às edições com Sabina, o quarto álbum de originais, onde recupera e homenageia a história e o mito de uma quitandeira, que foi símbolo da persistência do racismo, após a abolição da escravatura, e exemplo da solidariedade de rua que, historicamente, o enfrentou. Um álbum que nasce da encruzilhada onde o mito e a história se encontram, resgatando o passado como projeção de todas as lutas do presente.
Se em Samba de Guerrilha Luca resgata a história política do samba, dos seus protagonistas e do papel preponderante que desempenharam na luta contra a escravatura, o racismo, a pobreza e a ditadura militar, em Sabina o foco é dirigido ao “corpo encantado das ruas” e aos atores e atrizes da vida quotidiana onde a história se desenrola, constrói e disputa para lá das narrativas oficiais.
O novo trabalho é apresentado, ao vivo, no dia 23 de março, às 22h, no b.Leza, em Lisboa, e no dia 26 de março, às 18h, no Novo Ático – Coliseu Porto Ageas, no Porto. Ao lado de Luca Argel estarão os músicos Pri Azevedo (teclas), Cláudio César Ribeiro (guitarra), Junior Castanheira (baixo), Carlos César Motta (bateria) e Neném do Chalé (percussões). Concertos com o carimbo da 3.
Recupera, em baixo, a passagem do músico brasileiro pelo programa A Minha Geração, da Diana Duarte: