O festival criado por jovens lamecenses volta no final de agosto, com o apoio da Antena 3, e Favela Discos, Frankão O Gringo Sou Eu, Telectu e Beautify Junkyards estão entre os nomes confirmados.

Qual romaria que acompanha a passagem do tempo, o ZigurFest regressa a Lamego de 24 a 27 de agosto. Uma vez mais, quem visitar Lamego por estes dias encontrará uma programação totalmente gratuita de concertos, performances, workshops, instalações e conversas. Os palcos espalhados pela cidade — Teatro Ribeiro Conceição, Casa do Artista, Horto do Castelo, Rua da Olaria e Alameda — são um convite à descoberta de artistas e do património da cidade.

No ano passado, o ZigurFest assinalou a primeira década de vida, mas é neste ano que comemora a sua vitalidade em pleno. Retomando a intensidade e o horário alargado habituais, será a primeira vez em três anos que o público poderá percorrer as ruas de Lamego sem limitações e abraçando sem medos tudo o que aqueles quatro dias oferecem.

Para esta arruada de quatro dias, o festival, conhecido pela diversidade de projetos artísticos e por apresentar artistas alternativos em ascensão, vai dar palco a: As Docinhas, Beautify Junkyards, Bezbog, Cobrafuma, Cow shift Z, Dead Club, Dianna Excel, Favela Discos, Frankão O Gringo Sou Eu, Fura Olhos, Herlander, Hidden Horse, João Não & Lil’ Noon, Kurtis Klaus Ensemble, Nile Valley, Redoma, Sarnadas, Telectu, Unsafe Space Garden e Zé Menos.

Porque nem só de música vive o ZigurFest, Roxana Ionesco e Alice Azevedo são os nomes da programação de artes performativas, e Piny e Rodrigo Constanzo irão dinamizar dois workshops de dança e percussão, respetivamente.

Inspirar, motivar cruzamentos e a criação livre

Nesta edição, celebra-se ainda a chegada a novas paragens. Se o grupo de lamecenses por detrás do ZigurFest assume a sua inspiração nas tradições locais, como a Romaria de Nossa Senhora dos Remédios, é certo que hoje têm também como objetivo manter as tradições vivas e participar nelas.

Em Lazarim, o músico brasileiro Frankão O Gringo Sou Eu vai estudar o labor manual das máscaras tradicionais. Por sua vez, o coletivo do Porto Favela Discos vai mergulhar na tradição das concertinas com tocadores da antiga — e já encerrada — escola de concertinas de Lamego, em Penude. O resultado destas residências poderá ser visto em dois espetáculos únicos.

Em parceria com o Museu de Lamego, um dos parceiros mais antigos do festival, o ZigurFest está ainda a desenvolver um programa de serviço educativo gratuito e dirigido a público de todas as idades.

A programação só ficará completa com duas residências artísticas da ZONA – Residências Artísticas de Lamego, ambas destinadas às artes plásticas. As candidaturas acontecem durante o mês de junho.

A entrada para todas as actividades do ZigurFest é gratuita, assim como o campismo (mediante inscrição). Todas as informações úteis estão disponíveis em zigurfest.com.