“A criação é muito mais fazer perguntas do que encontrar respostas”
Já anda por aí a Vida Nova de Manel Cruz. É o título do novo trabalho do músico das muitas vidas — ex-Ornatos Violeta, ex-Pluto, ex-Supernada, ex-Foge Foge Bandido — agora renascido para os discos a assumir, artisticamente, o nome que os pais lhe deram.
Foram quase oito anos longe da edição de discos — contas feitas desde Nada É Possível, dos Supernada, de 2012. Desde então, Manel Cruz foi dividindo o tempo entre os palcos — com os Supernada, com o regresso dos Ornatos Violeta ou com a sua Estação de Serviço — e a reclusão criativa. O músico confessa que não foi fácil chegar aqui, a este Vida Nova, mas assume que os bloqueios criativos também fazem parte do processo.
“A ideia de ser perfecionista, ou de algo ser muito complicado, é o que me dá gozo. Não há um sentido inequívoco no criar. Estás a inventar universos novos, um sítio alternativo. E, se é um sítio alternativo, tens que colocar questões, senão mais vale ficar no sítio onde estavas… A piada é essa. Aqui, houve uma vontade, essencialmente, de me ligar à parte criativa de uma forma emocional”, diz Manel Cruz em entrevista com Bruno Martins, gravada no dia em que o disco chegou às lojas e às plataformas de streaming.
Vida Nova, o disco de Manel Cruz, vai ser apresentado ao vivo em duas sessões na Casa da Música, no Porto, no dia 28 de abril (16h e 21h30), e no Capitólio, em Lisboa, no dia 1 de maio (21h30). Os concertos têm o apoio da Antena 3.
Vida Nova vai estar em destaque na rubrica Disconexo, de 8 a 12 de abril, todos os dias às 17h20.