Se em cada banda de garagem indie há o sonho de visitar Nova Iorque, morada para bandas como os The Strokes ou Yeah Yeah Yeahs – a banda de Karen O, no caso dos Hause Plants, que tocaram sábado no MEO Kalorama, o sonho tornou-se realidade. A banda de Guilherme Correia (guitarrista em Ditch Days, baixista em Huggs), João Simões (dos Grand Sun), Dani Royo (Drunkyard) e JAntónio Nunes da Silva (Huggs e Rei Marte) conta a aventura que viveram em 2021.
Com o segundo EP Sleeping With Weird People praticamente pensando e pronto e já membros integrantes na editora Spirit Goth, a comando de um casal de Los Angeles, os portugueses Hause Plants descobriram uma nova realidade na América. Lá mostraram a sua música, mas a Europa não ficou de fora…
Na digressão europeia foram perseguidos em Berlim, tocaram dentro de um barco na Hungria, num teatro na República Checa, atravessaram seis fronteiras no mesmo dia e sentiram-se, a certa altura, como embaixadores da União Europeia, tantos foram os sítios na Europa onde tocaram…
Uma receita sustentável para o sucesso: apoios, uma plataforma institucional focada na promoção e internacionalização da música como a Live Europe e, claro, estabelecer uma rede de contactos entre músicos e pessoal da indústria musical, algo que sempre foi natural para os carismáticos Hause Plants, que disseram ter facilidade em fazer amigos. Durante o MEO Kalorama, os Hause Plants contaram-nos que ficaram amigos dos britânicos shame, que apresentaram em festival o álbum Food for Worms, que, em parte, partilha o mesmo ambiente de comunhão do novo EP de Hause Plants, Field Trip to Coney Island, lançado no início do verão.
Os Hause Plants apresentaram o último EP da trilogia no MEO Kalorama, na cidade-mãe da banda. E quem acha que Lisboa já não surpreende o quarteto indie do mundo, engana-se…