Saltar para o conteúdo
    • Notícias
    • Desporto
    • Televisão
    • Rádio
    • RTP Play
    • RTP Palco
    • Zigzag Play
    • RTP Ensina
    • RTP Arquivos
Antena 3
  • Programas
  • Podcasts
  • Vídeos
  • Artigos
  • Agenda
  • O que já tocou
  • Programação
  • Aceder ao Instagram da Antena 3
  • Aceder ao YouTube da Antena 3
  • Aceder ao WhatsApp da Antena 3

_

_

NO AR
PROGRAMAÇÃO O QUE JÁ TOCOU
Punk 1977 – 2017 4 set, 2017, 22:23

Death – Freaking Out

Punk 1977 – 2017 4 set, 2017, 22:23

Death – Freaking Out

Ao longo do ano, a Antena 3 vai revisitar o punk, canção por canção. Revisitar não só o punk, que eclodiu em Inglaterra há quatro décadas, mas também descobrir, lá atrás no tempo, aqueles que o prenunciaram quando punk não era ainda género musical e, um pouco depois desse tempo, aqueles que dele frutificaram.

Death – “Freaking Out”

“Lembra-se da nossa banda, os Death?”, perguntava um dos irmãos à senhora idosa no bairro onde a história acontecera. Lembrava-se pois, respondeu a senhora, entre muitos risos e com as mãos a tapar os ouvidos, forma de dizer que era difícil esquecer a barulheira que para ali se fazia. A velhota lembrava-se muito bem do que nós, os fãs de música, os historiadores, só soubemos muito tempo depois. A cena vê-se em “A Band Called Death”, documentário dedicado à banda que foi punk antes de os Ramones terem nascido e não chegou a ter uma carreira a sério por demasiada integridade.

Três irmãos em Detroit, terra da Motown (e dos Stooges, e dos MC5), perceberam imediatamente o que queriam fazer da vida quando, primeiro, o pai os sentou em frente à televisão para ver o histórico concerto dos Beatles no Ed Sullivan Show. Depois veio um concerto dos The Who e, se dúvidas houvesse, dissiparam-se. Depois disso chegou Alice Cooper e uns discos dos Black Sabbath e aquilo que tinham que fazer tinha que ser feito já e sem perder tempo. Os pais transformaram um quarto em estúdio e David, o guitarrista e líder, Bobby, o baixista e vocalista, e Dannis Hackney, o baterista, meteram mãos ao trabalho.

Numa realidade de tantas divisões sociais como a americana, os Death causavam estranheza. Eram afro-americanos a tocar guitarradas rock catárticas, onde já se sugeria a fúria hardcore – e os Bad Brains e os Living Colour ainda longe. No bairro, tinham os pais a apoiá-los com bonomia e os vizinhos e taparem os ouvidos enquanto esboçavam um sorriso perante a loucura dos miúdos. Mas eles, guiados pela visão de David, que impusera o nome Death e que definira o som da banda, não se intimidaram com nada. Gravaram um álbum, “…For The Whole World To See”, que chegou aos ouvidos do poderoso Clive Davis, da Arista Records. O entusiasmo foi imediato. Preparou-lhes um contrato de 20 mil dólares e impôs uma condição. O nome tinha que ser alterado – ninguém compraria discos de uma banda com aquele nome, ninguém os contrataria para concertos. Nada feito. “Se lhes damos o nome, mais vale darmos-lhes tudo”, sentenciou David.

Independentes, crentes na visão de David, continuaram. Tragicamente, poucos os ouviram. Perderam-se no seu tempo pérolas como “Politicians in my eyes” e seu pára-arranca de groove Thin Lizzy acometido de neurose pós-punk. Perdeu-se no seu tempo “Freaking out”: um grito, “Death!”, um turbilhão sónico de cinco segundos, a canção a anunciar-se num crescendo de energia feroz até ao refrão. Punk? Não havia nome para a coisa e, sem que ninguém o soubesse, os Death já estavam a vivê-lo.

Quando, em 2009, a Drag City reeditou “For The Whole World to See”, os Death pertenciam ao reduto de coleccionadores de raridades e David, o génio incompreendido, morrera nove anos antes, vítima de cancro no pulmão. Os irmãos tocavam então numa banda reggae, os Lambsbread, inspirados por um encontro no passado com Peter Tosh. O mundo redescobria a banda que, sem ninguém o saber, inventara uma pequena revolução punk no quarto de uma casa de Detroit. Tornava-se oficial. David Hackney estivera certo tempo todo.


Texto – Mário Lopes
Voz – Daniel Belo
Sonoplastia – Luís Franjoso

Death
Anterior Seguinte

Pode também gostar

Imagem de Buzzcocks – Orgasm Addict

Buzzcocks – Orgasm Addict

Imagem de Richard Hell & The Voidoids – Blank Generation

Richard Hell & The Voidoids – Blank Generation

Imagem de Black Flag – Rise Above

Black Flag – Rise Above

Imagem de The Pogues – Dark Streets of London

The Pogues – Dark Streets of London

Imagem de The Damned – New Rose

The Damned – New Rose

Imagem de The Slits – Newtown (Peel Sessions)

The Slits – Newtown (Peel Sessions)

Imagem de Motörhead – Ace of Spades

Motörhead – Ace of Spades

Imagem de The Misfits – Bullet

The Misfits – Bullet

Imagem de Devo – Mongoloid

Devo – Mongoloid

Imagem de Sham 69 – If the Kids Are United

Sham 69 – If the Kids Are United

PUB
Antena 3

Segue-nos nas redes sociais

Segue-nos nas redes sociais

  • Aceder ao Instagram da Antena 3
  • Aceder ao YouTube da Antena 3
  • Aceder ao WhatsApp da Antena 3

Instala a aplicação RTP Play

  • Apple Store
  • Google Play
  •  Perfil da Rádio
  •  Contactos
  •  Frequências
  •  Programação
Logo RTP RTP
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • Youtube
  • flickr
    • NOTÍCIAS
    • DESPORTO
    • TELEVISÃO
    • RÁDIO
    • RTP ARQUIVOS
    • RTP Ensina
    • RTP PLAY
      • EM DIRETO
      • REVER PROGRAMAS
    • CONCURSOS
      • Perguntas frequentes
      • Contactos
    • CONTACTOS
    • Provedora do Telespectador
    • Provedora do Ouvinte
    • ACESSIBILIDADES
    • Satélites
    • A EMPRESA
    • CONSELHO GERAL INDEPENDENTE
    • CONSELHO DE OPINIÃO
    • CONTRATO DE CONCESSÃO DO SERVIÇO PÚBLICO DE RÁDIO E TELEVISÃO
    • RGPD
      • Gestão das definições de Cookies
Política de Privacidade | Política de Cookies | Termos e Condições | Publicidade
© RTP, Rádio e Televisão de Portugal 2025