Após uma edição que não chegou a acontecer, o Impulso está de volta. Agora numa sala com lugares sentados, mas no mesmo local de sempre: a cidade das Caldas da Rainha. São 24 concertos em 12 meses, ao ritmo de dois concertos por noite, uma noite por mês, de junho de 2021 a maio de 2022, com o apoio da Antena 3.
À terceira edição, o Impulso instala-se no Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha. Apesar do formato renovado e das circunstâncias extraordinárias em que nos encontramos, mantém a premissa inicial enquanto evento multidisciplinar e a aposta na nova música portuguesa (mas não só); volta a propor novos diálogos em torno da criação artística promovendo workshops, ciclos de cinema e a apresentação de momentos musicais inéditos através de residências artísticas; e reafirma a sua missão inicial de promover a descentralização da oferta cultural nacional, voltando a colocar as Caldas da Rainha no mapa.
O primeiro semestre da programação arranca já no dia 26 deste mês, com FARWARMTH, um jovem músico e produtor que vive da constante experimentação, e PAUS, um quarteto de Lisboa que já dispensa apresentações.
No dia 21 de julho, assiste-se a uma dupla improvável: GUTA (alter ego de Cátia Sá), a artista que brinca nos “entremundos” entre a música experimental, a eletrónica e a pop, produzindo um som fragmentado e rico em detalhes, embora sem ADN definido; e First Breath After Coma, que, sempre sem medo de explorar e arriscar no seu universo sonoro, apresentam o álbum visual Nu num formato concerto-filme, numa de apenas duas datas em Portugal de tal apresentação tão especial.
A 6 de agosto, é a vez de a contadora de epopeias imaginadas e romances vividos April Marmara apresentar as suas canções, com uma invulgar e tão particular serenidade nos dedos e na pose. Na mesma noite, acontece a estreia em quinteto de Montanhas Azuis: à pirâmide original de Marco Franco, Norberto Lobo e Bruno Pernadas, juntam-se agora Miguel Nicolau (Memória de Peixe) e Ana Araújo (Mikado Lab).
Terminado o verão, é tempo de escutar Acácia Maior em formato banda, com Henrique Silva, Luís Firmino, Renato Chantre, Cachupa Psicadélica e Eliana Rosa a misturar a morna e o reggae ao mesmo tempo que homenageiam a cultura cabo-verdiana. Na mesma noite, 30 de setembro, sobe também ao palco do CCC o multifacetado artista de Vila Nova de Gaia David Bruno, que em poucos anos já conquistou o seu lugar com um estilo inconfundível.
Na noite de 21 de outubro, é a vez de Luís Severo — escritor de canções e revitalizador do cancioneiro português que tem vindo a delinear o seu percurso com a calma dos dias — e Vaiapraia — do queerpunk para a coragem da música cantada em português — darem o corpo, a alma e a voz no palco do Impulso.
A 11 de novembro, encontramo-nos entre a voz, os riffs, o ritmo da bateria, a coesão e a elegância das canções dos Glockenwise e a sublime guitarra de Tó Trips, que, a par da presença nos Dead Combo, tem vindo a construir uma singular e nobre discografia a solo.
Por fim, a encerrar o primeiro semestre de Impulso, a 10 de dezembro de 2021, vê-se e escuta-se ao vivo o novo disco de Sensible Soccers, Manoel, criado a partir de dois filmes do cineasta Manoel de Oliveira e com data prevista de lançamento para setembro; e também o brasileiro Kiko Dinucci, fundador de um dos mais prestigiados grupos representativos da cena musical brasileira contemporânea, Metá Metá, com o seu mais recente Rastilho.
A Marta Rocha conta-nos tudo sobre esta edição do Impulso.
Os nomes para o segundo semestre de Impulso serão anunciados em janeiro de 2022, confirmando-se para já a renovação da parceria iniciada em 2019 com o Doclisboa, com um ciclo de cinema documental a decorrer entre janeiro e junho do próximo ano.
Todas as informações no site oficial: festivalimpulso.pt