Locução: Nuno Reis, Luís Oliveira, Daniel Belo e Tiago Ribeiro
Texto: Markus Almeida | Sonoplastia: Luís Franjoso
Liverpool, 18 de julho de 1980. A cidade que viu nascer os Beatles foi ainda berço de uma das mais excitantes bandas britânicas da década de 80: os Echo & The Bunnymen.
Crocodiles, o álbum de estreia de Ian McCulloch, Will Sergeant, Les Pattinson e Pete de Freitas saiu há 40 anos. São quatro décadas de grandes canções, que os Echo & The Bunnymen celebram com uma extensa digressão no Reino Unido — mas só em 2021, se a pandemia der licença.
Já a Antena 3 comemora os 40 anos de Crocodiles recordando a história da banda e o seu legado nos dias de hoje. Para isso, falámos com Fernando Zamith, jornalista e autor do livro Vilar de Mouros: 35 Anos de Festivais, que partilhou as suas memórias do primeiro concerto em Portugal dos Echo & The Bunnymen; ligámos para Nova Iorque, para um fã de longa data, o ator e músico Kevin Orton, dos Maledictions; e ouvimos o jornalista e crítico João Bonifácio recordar uma entrevista pouco ortodoxa a Ian McCulloch.
“Na escuridão em que mergulhou a música pop quando os Joy Division decidiram apagar a última vela de esperança, os Echo and the Bunnymen foram a primeira banda com a sede de luz e a coragem para reacendê-la. Iniciaram, assim, com a maior incidência, um momento em que a guitarra acordou para dar lembrança de si aos instrumentos que ameçaram matá-la. Como coisa magoada, o som dela era plangente e soberbo. Exprimia-se então um novo lirismo e o modo dela era a exuberância, o excesso, a paixão. O álbum Crocodiles fazia finalmente parte de nós.” — Miguel Esteves Cardoso, in Expresso (26 de maio de 1984)