“Um álbum a olhar para o divino, mas que começa com a frase: antes de amar deus, amo o mundo. E nota-se, porque está um mundo inteiro ali dentro, mas está, antes de tudo, Rosalía”, foi assim que Marta Rocha introduziu o lançamento de LUX, o aguardado novo onga-duração de Rosalía, nas Manhãs da 3, hoje, atipicamente, com André Santos no lugar do Alexandre Guimarães e Andreia Pinto.
Rosalía quis aprender e compreender o outro para se conhecer melhor a si mesma, daí ter escrito em tantas línguas diferentes no novo álbum LUX. No podcast Popcast, explicou que o uso das línguas “(…) é muito intencional com a história a que me refiro. Se canto em alemão em “Berghain” é devido a Hildegarda, se canto em espanhol em “Sauvignon Blanc” é porque me inspiro em Santa Teresa de Jesus”.
Marta Rocha partilhou “(…) não vou esquecer a primeira vez que ouvi este Lux. No meu caso foi sentada, às escuras, sem telemóvel. A olhar para as letras, e a ficar tão fascinada com a complexidade do que estava a ouvir, que tive de sacar de papel e caneta, com medo de me esquecer daquele sentimento, ou de algum detalhe. Uma urgência, mas não uma pressa, porque este é para digerir. Para chegar aqui, Rosalía parou para estudar, mas antes disso vem uma confiança que garante que seja qual for a curva artística, a identidade está lá. Deus, dizem, está nos detalhes, mas Rosalía está cá para nos dizer que deus pode ser sim, uma canção”.
Recorda a passagem da Marta Rocha numa belíssima introdução a LUX e ouve também o testemunho da influencer de música digital Maria Morango nas Manhãs da 3.
