Texto: Markus Almeida | Locução: Nuno Reis | Sonoplastia: Gualter Santos
Nova Iorque, 13 de junho de 1985. Cinco anos depois de editarem a obra-prima Remain in Light e seis antes de David Byrne abandonar Tina Weymouth, Chris Frantz e Jerry Harrison para seguir uma carreira a solo, os Talking Heads lançavam Little Creatures.
O sexto e antepenúltimo álbum dos Talking Heads deu ao mundo canções pop rock perfeitinhas como “Road to Nowhere”, “And She Was” ou “Television Man”. Passados 35 anos, porém, o que vale realmente Little Creatures no contexto da história e da discografia de uma das melhores e mais influentes bandas do século XX?
Para o descortinar, mergulhámos no baú de memórias e conversámos com dois críticos que escreveram sobre o disco nesse ano de 1985: Rob Tannenbaum, na revista Rolling Stone, e Manuel Falcão, no jornal Blitz, do qual foi co-fundador e o seu primeiro diretor. Ouvimos ainda Malcolm Jack, jornalista e crítico escocês ligado ao The Guardian, e Miguel Ângelo, colecionador de discos, melómano confesso e vocalista de uma banda que dava então os seus primeiros passos, os Delfins.
Conclusões? É bem possível que Little Creatures tenha sido o último grande álbum dos Talking Heads.